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Realidade Virtual e Reabilitação

  • Foto do escritor: Lucas Aldrighi
    Lucas Aldrighi
  • 10 de jun. de 2024
  • 2 min de leitura

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O início do uso da realidade virtual (RV) na reabilitação remonta aos anos 90, quando a tecnologia começou a ser explorada além dos campos de jogos e entretenimento. A ideia de utilizar RV para fins terapêuticos surgiu da necessidade de criar ambientes controlados e seguros onde pacientes pudessem realizar exercícios de reabilitação de forma envolvente e interativa. Inicialmente, a tecnologia era cara e complexa, o que limitava sua acessibilidade e aplicação prÔtica em larga escala.


A RV é uma simulação computacional que permite criar ambientes reais com alta tecnologia para convencer o usuÔrio de que ele estÔ em uma realidade diferente, permitindo uma interação completa com o ambiente criado virtualmente. Esta interação com imagens grÔficas tridimensionais permite uma percepção de imersão envolvendo os 5 sentidos e assim torna a experiência sensorial abrangente e realista.



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Os primeiros estudos mostraram resultados promissores, incentivando pesquisadores e profissionais da saúde a investir na evolução dessa ferramenta. Nos primeiros experimentos, a RV foi utilizada principalmente para recuperação de movimentos após acidentes vasculares cerebrais e lesões traumÔticas. Pacientes eram imersos em ambientes virtuais onde podiam realizar exercícios específicos de fisioterapia, muitas vezes transformando tarefas repetitivas em atividades lúdicas e motivadoras. Essa abordagem demonstrou não apenas melhorar o engajamento dos pacientes, mas também acelerar a recuperação motora, devido ao feedback visual e auditivo imediato fornecido pelo sistema de RV.


ƀ medida que a tecnologia de RV avanƧava, tornou-se possĆ­vel criar simulaƧƵes mais sofisticadas e acessĆ­veis. InstituiƧƵes de saĆŗde comeƧaram a integrar essas ferramentas em seus programas de reabilitação, tanto em ambientes hospitalares quanto em clĆ­nicas de fisioterapia. A RV nĆ£o só complementava os mĆ©todos tradicionais, mas tambĆ©m oferecia novas possibilidades para a reabilitação atravĆ©s de estratĆ©gias de dupla-tarefa, ajudando na recuperação cognitiva e fĆ­sica simultaneamente.


Hoje, a realidade virtual na reabilitação é uma Ôrea em constante crescimento, com um crescente número de entusiastas e pesquisadores na Ôrea que buscam por comprovações cientificas mais robustas e que apoiam sua eficÔcia. A disponibilidade de dispositivos de RV mais acessíveis e a criação de conteúdos terapêuticos cada vez mais personalizados têm permitido que mais pacientes se beneficiem dessa tecnologia inovadora. O início dessa jornada foi marcado por desafios técnicos e altos custos, mas a perseverança dos pioneiros na Ôrea tem resultado em uma ferramenta que transforma a reabilitação, tornando-a mais eficiente, envolvente e acessível.


ReferĆŖncias:

MONTERO, Edna Frasson de Souza; ZANCHET, Dinamar José. Realidade virtual e a medicina. Acta Cirurgica Brasileira, [S.L.], v. 18, n. 5, p. 489-490, out. 2003. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0102-86502003000500017.

MONTEIRO, Carlos Bandeira de Mello.Ā Realidade virtual na paralisia cerebral. SĆ£o Paulo: PlĆŖiade, 2011.

TORI, Romero; HOUNSELL, Marcelo da Silva (ed.). Introdução a Realidade Virtual e Aumentada. Porto Alegre: Sbc, 2018.

UNES, FÔtima de Lourdes dos Santos; COSTA, Rosa Maria Esteves Moreira da; MACHADO, Liliane dos Santos; MORAES, Ronei Marcos de. Realidade Virtual para saúde no Brasil: conceitos, desafios e oportunidades. Revista Brasileira de Engenharia Biomédica, [S.L.], v. 27, n. 4, p. 243-258, 2011. Editora Cubo. http://dx.doi.org/10.4322/rbeb.2011.020.

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